quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Fragmentos de uma noite com você

Amor, me dá o último abraço? Tenho que levantar.

Ele, mesmo ainda habitando o universo do sono profundo, me puxa pra perto, envolve seus braços grandes em torno de mim, enquanto encaixo minha cabeça no espaço certinho criado pelo vão da sua clavícula direita.

- Deixa eu colocar um travesseiro aqui, pra você não ficar com a cabeça no duro do meu osso.

Ele, sonolento, puxa, assim como puxou tantas outras vezes, a pontinha do travesseiro para deixar o encosto mais confortável para mim. Mal ele sabe que, no mundo, não há lugar que me traga mais aconchego do que deitar naquele corpo – com ou sem osso.

E a soneca do despertador impieodoso, toca mais uma vez.

- Mas já se passaram dez minutos? Para mim não pareceram nem dois, eu digo, pensando que o despertador não seria tão cruel se soubesse a sensação que eu estava vivendo naquela hora. – Só mais cinco minutos, se não o trânsito fica insuportável.

Sei disso. E sei que, milhares de vezes, fiquei parada no trânsito por causa dos minutinhos a mais. Não é uma tafera fácil ir de uma ponta a outra,às sete da manhã. Preciso sempre sair uns minutos antes de o relógio marcar sete horas, porque se tem alguém mais impiedoso que o despertador, é o trânsito. Ainda mais com a chuvinha que, desde ontem, cai fina lá fora.

- Vamos fazer uma última conchinha?

Ele finge que acredita e, como numa sintonia, viramos. Acho engraçado como não nos importamos em nos virar quantas vezes forem necessárias durante a noite. Nosso barato mesmo é dormir colados, juntos, conectados. Se um quer virar pra direita, o outro vira também. Ninguém se importa. O importante é não perder o laço.

Ele puxa meu corpo de encontro ao seu, passa seu braço por debaixo do meu pescoço, ao mesmo tempo em que tiro os cabelos da nuca, para que ele possa encaixar seu rosto nela sem pinicar. A respiração dele na minha nuca sempre foi pra mim uma forma de amor. O ar quente me esquenta e aumenta aquela preguicinha gostosa. Mas hoje é quarta-feira. Quarta com cara de segunda, porque acabamos de sair de um feriado emendado. Não tem espaço para preguicinhas gostosas. Fiquei me lembrando como as duas manhãs anteriores foram boas, sem ter que discutir com o despertador e poder ficar colado sem fazer absolutamente nada por horas a fio.

Eu sempre acordo mais cedo. Tenho tique de ficar na cama acordada. Por mim, acordo e levanto. A não ser quando tenho uma companhia ilustre do meu lado, me abraçando num encaixe perfeito. Mas pra mim, só tem graça se ele também acorda – que graça tem fazer carinho se ele não sente? Arrumo uma forma de me mexer disfarçadamente, e começo a dar beijos na pele lisinha do seu pescoço como se tivesse mesmo acabado de acordar. Ele, finge que acredita, retribui meus beijos e, educadamente, me faz companhia – meio dormindo, meio acordado.

E a soneca do despertador impiedoso, toca mais uma vez.

- Preciso ir amor, vou pegar trânsito – digo como se estivesse fazendo algum esforço além do mental para levantar dali.

- Só mais um abraço, vai te atrasar muito?


Não, claro que não. O trânsito vira coisa pequena, diante daqueles minutos de paz e de aconchego. Encaixo meu rosto no pescoço dele, respiro fundo, como que pra guardar o cheiro dele dentro de mim. E fico pensando, ainda sem coragem de abrir os olhos, que todo mundo precisa de um aconchego desses. O aconchego deixa a vida mais quentinha. É como aquela sensação de chocolate quente com pão de queijo de vó nos dias frios. É alimento pra alma.

Finalmente me levanto, num esforço sobre-humano. Puxo o edredom caído, faço um casulo para seus pés não ficarem de fora da coberta. Me troco em minutos, para compensar os minutos extras na cama.

Valeu a pena.

Me despeço com um beijinho e sussurro um eu te amo nos ouvidos ainda pouco atentos por causa do sono. Completo com um obrigada pela companhia deliciosa na noite. Ele provavelmente não vai lembrar quando acordar, mas sempre arrisco.

E finalmente saio, com a energia recarregada e cheia de coragem de enfrentar o trânsito infernal, pensando que a coisa que a gente mais precisa na vida é aconchegar, e se deixar aconchegar.



Retirado do site: casalsemvergonha.com.br
feito por : Jaque Barbosa

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eu confio ...




Já fechou os olhos e confiou?
Apenas confiou no suspiro antes do beijo…
Como se alguém tivesse atirado um punhado de brilho no ar…
Alguma vez você realmente confiou, apenas confiou no amor?

Menina - Mulher



"É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais. "

terça-feira, 15 de novembro de 2011

..'





A vida é como você quer que ela seja. Ela é feita de escolhas, das suas escolhas. Então, não venha dizer "A vida quis assim.", diga "eu quis assim". Você escolhe tudo o quer, desde perdoar a amar. Tudo é na base de escolhas, tudo. Escolha sorrir ao invés de chorar. Escolha amar quem te ama. Escolha se jogar. Escolha se entregar, verdadeiramente. Escolha ser feliz!

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Quando todas as escolhas doem, qual escolher?

Movie '

Cuidado para que fingindo ser quem você não é, esqueça do que você seja!
(Todas contra John)